Um shot de Tequilla
O esquecimento a quanto obriga
Um gole de Vodka
E o amor evoca
Uma sangria
Tanto queria
Esquecer-me de ti
Mas em vez disso
As mágoas afogo
Enquanto bebo
Deixo as luzes
A minha alma penetrar
E a minha bebida
A boca desinfectar
Dos teus beijos
Mal os olhos
Consigo abrir
Vou deixá-los queimar
E deixar-me cegar
Para nunca mais te ver
Os meus pés
Já não tocam o chão
Pois já estou borrachão
Tentar equilibrar
É o mesmo que te deixar entrar
E isso não vou deixar
Prefiro cair
E desta para melhor ir
Acordo numa cama de hospital
E diz a Lisete:
“Estavas com 97”
Mas que frete!
Mas porque não fiquei com 100?
Ficar sem
É um bem
Foi quase
(Para ir de coma
Mas em vez disso
Fui a Roma
Contigo
Deixei-te lá
E vim para Vigo)
Quem me dera ser assim
Mas ainda tenho algum respeito
Por mim
Se não tivesse
Ter-me-ia obrigado
A ficar embriagado
Luís Neto
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